
Influenza
A influenza é uma doença sazonal, de ocorrência anual; em regiões de clima temperado, as epidemias ocorrem quase que exclusivamente nos meses de inverno. No Brasil, o padrão de saz onalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas bem definidas, ocorrendo com maior frequência nos meses mais frios, em locais de clima temperado. A importância da influenza como questão de saúde pública cresceu após o ano de 2009, quando se registrou a primeira pandemia do século XXI, devido ao vírus influenza A (H1N1) pdm09, com mais de 190 países notificando milhares de casos e óbitos pela doença. Verifica-se maior gravidade em idosos, crianças, pessoas com comprometimento imunológico, cardiopatias e pneumopatias, entre outros.
​
Descrição/Epidemiologia
Infecção viral intensa do sistema respiratório, com alta transmissibilidade e distribuição global. Um indivíduo é capaz contraí-la várias vezes ao longo da vida.
Agente etiológico
O vírus influenza, pertencente à família Ortomixiviridae, possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C.
Modo de transmissão
Em geral, a transmissão ocorre dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas células possuem receptores para os vírus humanos e aviários. A transmissão direta (pessoa a pessoa) é mais comum e ocorre por meio de gotículas, expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus influenza, ao falar, espirrar e tossir.
Sintomas
A influenza sazonal tem início repentinamente, com sintomas de síndrome gripal (SG), como febre, tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração.
Confirmação laboratorial
A amostra clínica preferencial é a secreção da nasofaringe (SNF). Considerando a influenza sazonal, o período para coleta é preferencialmente entre o 3º e o 7º dia após o início dos primeiros sintomas. O diagnóstico laboratorial pela pesquisa de vírus da influenza é um dos componentes da vigilância de influenza, a qual se baseia nas estratégias de vigilância sentinela de SG, SRAG em UTI e vigilância universal da SRAG. Nas unidades de saúde sentinelas de SG preconiza-se a coleta de cinco amostras de SNF e/ou orofaringe, conforme a técnica de coleta, por semana epidemiológica (SE).
​
Diagnóstico diferencial
As características clínicas não são específicas e podem ser similares àquelas causadas por outros vírus respiratórios, que também ocorrem sob a forma de surtos e, eventualmente, circulam ao mesmo tempo, tais como rinovírus, parainfluenza, vírus sincicial respiratório,adenovírus, coronavírus, entre outros.
Vigilância Epidemiológica
Monitoramento das cepas dos vírus influenza circulantes no Brasil; avaliação do impacto da vacinação contra a doença; acompanhamento da tendência da morbidade e da mortalidade associadas à doença; Identificação de grupos e fatores de risco para influenza; detecção e resposta rápida à circulação de novos subtipos que poderiam estar relacionados à pandemia de influenza; produção e disseminação de informações epidemiológicas e estudo de resistência aos antivirais.
Medida de controle
Vacina influenza trivalente, realizada anualmente para prevenção da doença. Pode ser administrada antes da exposição ao vírus e é capaz de promover imunidade efetiva e segura durante o período de circulação sazonal do vírus. A composição e a concentração de antígenos hemaglutinina (HA) são atualizadas acada ano, em função dos dados epidemiológicos que apontam o tipo e cepa do vírus influenza que está circulando de forma predominante nos hemisférios Norte e Sul. A estratégia de vacinação no país é direcionada para grupos prioritários com predisposição para complicações da doença e a vacina é administrada anualmente. Recomenda-se uma dose da vacina em primovacinados e uma dose nos anos subsequentes.
​
Referência
​
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica.
​
​