Campinas alerta para circulação do dengue tipo 2. Sorotipo que não circula há cinco anos na cidade.
- Do G1 Campinas e Região
- 15 de out. de 2016
- 2 min de leitura
A Secretaria de Saúde fez prognóstico de presença maior do tipo 2 da doença. Risco de aumento é maior pela população não ter contato com essa variação.

A Vigilância Epidemiológica de Campinas (SP) está em alerta com a possibilidade do aumento do número de casos de dengue em 2017. O motivo da preocupação, segundo a Secretaria de Saúde, é a chance de aparecimento do tipo 2 da doença, que não ficava em evidência no município desde 2011. Por ter ficado cinco anos sem circular, o risco de muitos moradores ainda não estarem imunes à categoria é grande, o que cresce a probabilidade de epidemia na cidade.
O Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa) realizou um prognóstico sobre quais são os possíveis cenários de dengue para o próximo ano no município. Durante esta análise, a administração municipal identificou a chance de surgimento do tipo 2 da doença. De acordo com a diretora do Devisa, Andrea Von Zuben, o principal indício é que essa variação da dengue foi isolada em Piracicaba (SP).
Andrea ainda reiterou a necessidade de prevenção e remoção de criadouros, já que com a chegada do verão aumenta a possibilidade de chuvas, o que facilita o surgimento de larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, além da chikungunya e do vírus da zika. “O tipo 2 circulou em 2010 e 2011 com poucos casos, então tem muitos campineiros que não têm essa categoria da doença ainda. Por isso que é preciso intensificar a remoção dos criadouros”, disse.
Epidemias
De acordo com a administração municipal, existem pelo menos quatro variações do vírus da dengue que já circularam em Campinas. Em 2014, por exemplo, quando a cidade registrou 42,1 mil casos da doença, o tipo mais comum foi o número 1. No entanto, segundo a Vigilância, a categoria não altera a forma como a doença se manifesta no paciente.
Além de 2014, Campinas registrou um alto índice de casos de dengue em 2015, quando aconteceu a maior epidemia da história da cidade, com 65,6 mil casos. Neste ano, a cidade tem 3,2 mil registros, todos com predomínio do tipo 1 da doença. Em 2011, último ano em que o tipo 2 apareceu, foram 3,1 mil pacientes com dengue.
A coordenadora do programa de prevenção do Devisa Cristhiane Sartori afirmou que está fazendo um trabalho de remoção de criadouros nos bairros com maior incidência da doença. Segundo ela, o trabalho é necessário porque, caso os pacientes que já tiveram a doença uma vez tenham novamente, ela pode ser muito mais grave. “O trabalho tem que ser feito agora, porque durante a epidemia é tudo mais difícil”, afirmou.
Para obter mais informações sobre a doença, acesse o Guia Básico de Vigilância Epidemiológica do Gave clicando aqui.
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